Sunday, August 31, 2008

Groselhas pra fechar o mês!

E mais um mês chega ao fim! Como passou rápido! (aliás - e essa é uma coisa que já venho notando a algum tempo! - a medida que a gente vai "amadurecendo" rsss... os meses, os anos... o tempo, enfim, parece que passa cada vez mais depressa! Quando a gente é criança, parece tudo infinito!).

Nas vitrines das lojas, roupas de outono & inverno nos lembram já das estações que estão por vir... as noites também estão mais frescas e uma jaquetinha de manhã é quase sempre necessária!...

As mudanças sempre me dão um certo gosto de nostalgia... a já saudade! :) ... apesar de gostar do outono e do inverno... já sinto uma pontinha de saudade do verão que está indo embora... dos aspargos frescos, morangos, do melão... hummm!... tento não pensar!...

Ou melhor, chega o outono e chegam os cogumelos... abóbora... e assim vai... até que voltam os aspargos, os morangos...

Para fechar o mês trouxe uma receita com groselha... receita que encontrei por acaso numa revista eletrônia (a Los Angeles Times - Roast pork loin with red currant, adaptada do "The Santa Monica Farmers' Market Cookbook" de Amelia Saltsman ) e que fiz na casa de amigos, ainda na varanda, sob a luz da lua e das estrelas. ;)

LOMBO COM MOLHO DE GROSELHA


Ingredientes:

- 1 pedaço de lombo de porco de mais ou menos 1/2Kg;
- alguns raminhos de alecrim fresco;
- algumas folhas de sálvia fresca;
- algumas folhas de louro fresco;
- sal e pimenta moída a gosto;
- 10 ou 15 (depende do tamanho) echalotes limpas e cortadas na metade;
- azeite extravirgem a gosto;

- uma xícara (de chá) de groselhas frescas (red currant);
- 1 colher (de sopa) de vinagre balsâmico ou vinagre de cereja;
- 1 colher (de sobremesa) de mel;
- meio dadinho de caldo de legumes;
- sal e pimenta a gosto.


Tempere o lombo com sal e amarre com barbante de cozinha.

Por entre o barbante e por toda a circunferência da carne, enfie as folhas frescas de alecrim, sálvia e louro.

Termine com pimenta moída e reserve.

Em uma forma, disponha as echalotes cortadas ao meio com um pouco de sal e azeite. Em seguida, coloque o lombo amarrado na forma e leve tudo pra assar em forno alto (250 graus).

Asse por mais ou menos 30 minutos ou até que, no lombo, tenha formado uma crostinha e as echalotes estajam já coradas.

Reduza a temperatura do forno pra 180 graus e asse por mais uns 40 ou 50 min.

Enquanto isso, limpe as groselhas e coloque em uma frigideira, em fogo alto, com um poquinho de azeite, o vinagre balsâmico, o mel e os temperos (sal, pimenta, caldo de legumes).

Depois que fever reduza o fogo de deixe apurar um pouco o molho. Reserve.

Retire o lombo do forno, desamarre e remova as ervas, e corte fatias nao muito fininhas.

Disponha as fatias em um prato com as echalotes e depois regue com o molho de groselha.



Voilá!!!!

Sunday, August 24, 2008

Fudge & Fringe in Edinburgh

Do gaélico escocês Dùn Éideann é chamada pelos locais "Edìmbra", Edimburgo é definitivamente uma cidade super charmosa, que tem aquele ar impomente, mas ao mesmo tempo alegre e cosmopolita das grandes capitais. Natureza e cidade se confudem e se complementam, numa combinação quase absurda de momtanhas e penhacos com os telhados cinzas da cidade.
É de tirar o folego, quando, passeando por entre as ruas do centro novo, de repente, numa brecha de alguma rua perpendicular, você olha e vê, lá no fundo e no alto de uma montanha, o enorme castelo de Edimburgo.
Quem vai, DEVE absolutamente passar pelo Monumento de Scott, escritor escocês Walter Scott, 1846, na Prices St. ... passear pelo Princess Street Gardens até avistar majestoso o Castelo de Edimburgo... depois subir em direção à Old Town... caminhar pela Royal Mile, High Street com seus tantos "closes"... ir ao Castelo
Voltar pela Royal Mile, High Street... conhecer o Greyfriars Bobby Memorial - o cãozinho recebeu o título de cidadão honorário de Edimburgo por passar 14 anos ao lado do túmulo de seu dono, até sua morte em 14 de janeiro de 1872. - *Questo cagnolino ha ricevuto il titolo di cittadino do Edimburgo per stare 14 anni al cimitero accanto la tomba di suo padrone, fino la sua morte nel 14 gennaio 1872. ...
...continuar pela Cowgate Holyrood Rd, passando pela Igreja High Kirk San Giles... até chegar ao Parlamento e à Palace of Holyrood House.
E conhecer as colinas de Calton Hills :)
Quem volta, como eu, de lei tem que passar no Fudge Kitchen (que tem lojas só no Reino Unido!)... hummmmm!!!! O fudge é um doce de origem americana, embora exista o Scottish fudge, e o sabor é algo entre o doce de leite (mais durinho) e o fondant! O sabor mais tradicional seria o de caramelo (e esse é o que se aproxima mais do doce de leite brasileiro), mas existem também outros tantos sabores. Como sou curiosa e um pouquinho exagerada e ADORO experimentar, já provei o Traditonal Caramel, Mapple syrup, Orange and Dark Chocolate, Capuccino, Vanilla Vintage... muito bom!!!!! :)


E dessa vez, além do fudge, tinha o Fringe, um importante e famoso festival de artes da Europa, que acontece durante todo o mês de agosto. As ruas da cidade ficam cheias de gente de todo o tipo e espetáculos e menifestações acontecem aqui e ali.


Cheers!!! ;)

Wednesday, August 20, 2008

Il mio Ferragosto!!!

Tudo bem! Tudo bem!... É verdade que o feriado de Ferragosto já passou e que um post assim pode parecer mais atrasado do que o coelho de Alice! Mas é também verdade que este mês (que deveria ser de férias e descanso) foi para mim muito intenso do ponto de vista de experiências e experimentos gastronômicos :) ... e a vontade de contar tudo é tanta, que as receitas ficam todas meio que encavaladas, na fila, querendo passar! risos ;)

Então, em meio a tantos "causos" da Escócia (não acabou, não! ;) ... abri uma brechinha pra essa minha receitinha aqui, que fiz no almoço de Ferragosto... senão, coitada, ia ficar velhinha mesmo pra data!...

O feriado de Ferragosto é festejado no dia 15 (metade do mês de agosto) e é uma festa popular, de origem camponesa muito antiga, de tradição tipicamente italiana, que comemorava o final dos principais trabalhos no campo. O termo deriva do latim Feriae Augusti, ou "descanso de Agosto".

Hoje em dia as pessoas, na Itália, passam o dia de Ferragosto principalmente nas praias ou nas montanhas. Eu, como passei em casa, pois por essas bandas estava caindo o maior toró, resolvi caprichar no almoço... e fazer algo que, apesar de simples, fosse saborosa e especial!



VITELO ENROLADO AO FORNO COM ERVAS
ACOMPANHADO DE BATATAS E ECHALOTES


Ingredientes:

-1 pedaço de lombo de vitelo (o meu deveria ter uns 500g mais ou menos) cortado para enrolar;
- 3 dentes de alho cortado em lâminas finas;
- 1 colher (de sopa) de azeite;
- folhas frescas picadas de sálvia e alecrim;
- 1/2 copo de vinho branco seco;
- suco de 1/2 limão;
- 1 caldinho de carne;
- sal e pimenta a gosto.

- batatas limpas e descascadas a gosto (o importante, para um cozimento por igual, é que as batatas ou pedaços de batata sejam sempre mais ou menos do mesmo tamanho!);
- echalotes limpas e descascadas a gosto, cortadas ao meio;
- 1 colher (de sopa) de azeite;
- folhas frescas de sálvia e alecrim;
- sal e pimenta a gosto.



Prepare o vitelo, na noite anterior, colocando o alho em lâminas e as ervas picadas na parte central do lombo de vitelo e vá enrolando com as mãos a carne e prenda com uma rede própria ou então amarre com barbante para uso culinário.
Depois, em um recipiente com tampa, coloque o vinho, o suco de limão, o azeite, o caldo de carne, o sal e a pimenta e misture.
Em seguida, mergulhe o vitelo amarrado, tampe e deixe na geladeira, virando a carne de vez em qdo.

No dia seguinte, em uma forma, misture as batatas e as echalotes com azeite, sálvia, alecrim e um pouco de sal e pimenta (não muito!) e acomode-as em uma das metades da forma.
Na outra metade, coloque o vitelo com um pouquinho do molho, cubra a forma com papel alumínio e leve ao forno médio (180 graus) por mais ou menos 30 minutos ou 40 minutos (depende do forno), regando, de vez em quando, com o restante do molho.
Passados os 30 minutos, retire o papel alumínio e aumente o forno para 200 graus, para enxugar o molho e criar a casquinha crocante na carne e nas batatas.
Sirva em fatias, acompanhado das batatas e echalotes.
Buon appetito!

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Monday, August 18, 2008

Na Escócia como os escoceses - capítulo segundo: Quem tem medo de haggis? ;)

Sempre fui o tipo "boa de garfo" e sempre gostei de experimentar coisas novas! Mas confesso que durante uma aula de cultura inglesa na universidade, quando a professora (que mais parecia ter saído de um dos livros de Harry Potter! risos) discursava sobre os sabores do Reino Unido e explicou tim tim por tim o que era o tal do haggis (pronuncia "raguis"), prato tradicionalissimo escocês, pensei ali que nunca teria tido coragem de saboreá-lo.

Imagimem vocês pegar toda a parte interna do carneiro (pulmão, fígado, coração...), moer tudo com cebola, aveia, especiarias e sal, colocar tudo dentro do intestino e cozinhar na água quente.
Não é com certeza uma das descrições mais apetitosas, que cada um de nós já ouviu!
Mas se parece tão horrível assim, como é que tal iguaria é considerada em seu país de origem o prato tradicional, servido com ao som de gaitas de fole em datas importantes e cortado com um tipo de punhal e imortalizado no poema de Robert Burns "Address to a Haggis"? A edição inglesa de 2001 do Larousse Gastronomique coloca que ""Although its description is not immediately appealing, haggis has an excellent nutty texture and delicious savoury flavour." (p592). Estranho?
Hummm... então pensemos em outros pratos famosos de culturas diferentes, como a tripa fiorentina ou mesmo a feijoada brasileira. Uma vez lembro que, enquanto explicava a um estrangeiro o que era a feijoada, via em seu rosto uma expressão semelhante àquela que fiz quando ouvi sobre o haggis pela primeira vez. risos...


E com isso e mais o propósito de escrever aqui as minhas impressões, resolvi experimentar! E desde que experimentei pela primeira vez, já repeti a dose! ;)

Quem imagina (como eu imaginava) que na mesa é servida aquela "bolota" inteira, cozida e xoxa... sem nada... surpreende-se quando vê a composição do prato de haggis, que é servido acompanhado de purê de batata e purê de um tipo de nabo de "cor alaranjada".
A textura é quase a de uma carne moída bem molhadinha e mais cremosa, com pedacinhos de grãos de aveia, que você sente na boca... o gosto é bem temperado e levemente picante, o que combina perfeitamente com o sabor leve (e quase adocicado) dos purês... além, claro, das texturas formarem também um casamento perfeito!
A verdade é que enquanto degusta um prato de haggis nem se lembra do que ele é feito, mas do prazer de cada garfada e daquela sensação de quentinho bom, deliciosa nas terras frias da Escócia! ;) Recomendo!!!!




Cheers!!! ;)

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Saturday, August 16, 2008

Strawberry fields.... ;)

Não é nenhum segredo que o mundo da gastronomia sempre me fascinou... e quanto mais exploro esse território de sabores e sensações variadas (e tantas vezes deliciosamente inusitadas!), mais me envolvo e mais vou além, percebendo o quanto mais ainda tenho pra aprender!
É uma estrada sem fim... com infinitas possibilidades... e quando você acha que está chegando ao fim... ah, meu caro, tem ainda muito... mas muito chão pela frente! ;) risos...
E em meio a todo este meu fascínio pela arte de cozinhar, existem particularmente 3 coisas, que sempre me intrigaram: cozinhar com bebidas; cozinhar com chá; cozinhar com flores.
E numa livraria da Escócia, vi um livro, que me chamou muito a atenção... e que só não comprei por causa do bendito limite de peso na bagagem! (Mas ainda bem que existe a internet e logo, logo quero comprar ;) O livro, como não podia ser diferente naquele país, era sobra cozinhar com whiskey :) ... Fantástico!!!
Mas apesar de não ter trazido o livro comigo, trouxe, em compensação, uma receitinha na mala... quem nem do livro é... risos... é uma receita, com a qual fui recebida no meu primeiro jantar por lá, e que agradeço e dou todos os méritos (aliás a composição mostrada nas fotos é dele... eu só fotografei!) a meu amigo por ter me ensinado ;)
Uma receita simples... simplesmente deliciosa!

MORANGOS E SORVETE
COM MEL E WHISKEY & PIMENTA MOÍDA
Ingredientes:

- morangos frescos;
- sorvete de creme ou de baunilha (o da foto é de baunilha!);
- mel;
- whiskey;
- pimenta


Lave, limpe os morangos e corte-os em pedaços (dependendo do tamanho do morango em 2, em 3 ou até em 4 partes).
Em potinhos individuais, coloque um pouco de mel e whiskey (aqui depende do gosto de cada um... quem gosta de mais doce, pode colocar partes iguais de mel e whiskey... quem prefere menos, pode colocar uma parte de mel e uma e meia ou duas de whiskey!) e misture com uma colher.
Depois coloque os morangos picados e misture mais um pouco, para dar gosto aos morangos.
Para finalizar, coloque um pouco de sorvete e pimenta moída na hora! :)

Voilá!!!

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Friday, August 15, 2008

Minha descoberta do Halloumi

E viva a globalização! (mesmo porque, sem ela, seria difícil que este blog chegasse à casa de cada um de vocês! ;)...

Foi assim... nessa aldeia global, que parece não ter realmente fronteiras... que descobri um queijo mediterrâneo, que me fez lembrar um pouco o queijo coalho nordestino, em terras escocesas! risos!
Fantástico e incrível como, apesar desse mundo já tão misturado, existe ainda sempre algo novo para experimentar! :)

Então, para quem não ainda não o conhece, eis que vos apresento o halloumi!


O halloumi é um queijo feito em parte com leite de cabra e parte de ovelha (algumas vezes leite de vaca!), originário da Ilha de Cipre, no mar Egeu. Tem a cor bem branca, bem clarinha... é levemente salgado e a textura é meio que "fibrosa", um pouco como aquela mozzarella, que desfia quando a gente parte em pedaços. E o curioso é que, assim como o queijo coalho, ele geralmente é preparado na chapa ou grelha! :)


A idéia de fazer este prato surgiu meio que da vontade de uma coisa mais leve e fresca, uma saladinha assim com ares mais substanciosos, mas nem tanto! risos.... visto que quando a gente está de férias, a tendência é exagerar um pouco... querendo sempre experimenar uma coisinha aqui, outra ali... um pedacinho disso e daquilo... além disso, era um dia de sol, de flores e relativamente quente para os padrões do lugar!

HALLOUMI NA CHAPA, REGADO COM AZEITE PICANTE
E SALADA VERDE
Ingredientes:
- queijo halloumi cortado em fatias não muito finas (1cm mais ou menos);
- azeite extra virgem picante* (aromatizado com pimenta);
- misto de folhas verdes para salada.
- sal e pimenta moída a gosto.
- morango (para decorar!)
Corte as fatias do queijo, lave as folhas para a salada e reserve.
Aqueça a chapa (pode ser daquelas de fazer bisteca ou mesmo uma frigideira) - melhor se anti-aderente (senão, pincele um toda a superfície com um pouco de azeite.. mas sem excesso!) - e quando estiver bem quente, disponha as fatias de halloumi, fazendo criar uma crostinha de um lado e depois de outro.
Enquanto isso, disponha a salada no prato e salpique um pouco de sal e pimenta... como tinha morango fresco, coloquei alguns para decorar!
Retire o queijo da chapa e disponha no prato junto com as folhas. Regue com o azeite picante e sirva em seguida.

Buon appetito!!!! ;)

*OBS: para quem quer fazer o azeite aromatizado em casa, basta pegar um litro de azeite extravirgem de boa qualidade; 1 folha de louro; e mais ou menos umas 6 pimentas vermelhas (dedo-de-moça) desidratadas. Corte as pimentas no sentido do comprimento e, junto com a folha de louro, coloque dentro de uma garrafa de vidro e encha a garrafa com o azeite. Tampe de deixe fechado por umas 4 semanas em local escuro e seco.
OBS2: no Brasil, quem tiver dificuldade de encontrar o Halloumi, pode substituí-lo com o queijo coalho! ;)

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Wednesday, August 13, 2008

Na Escócia como os escoceses - capítulo primeiro: BREAKFAST

Ainda estou de férias, mas já estou de volta a casa... e confesso que hoje pouco antes do almoço, quando dava meu pulinho ao mercado (ainda mais porque a geladeira, após dias e dias, na minha ausência, estava vazia!)... senti um silêncio no ar e, na mesma hora percebi que sentia um pouco a falta dos gritos insistentes e quase irritantes das gaivotas (ave que lá na parte da Escócia, onde fiquei, exitem aos montes!... gaivotas e corvos... enormes)... risos... engraçado isso!...
Geralmente quando viajo a algum lugar e, claro, quando o tempo que tenho a disposição me permite, gosto sempre de experimentar fazer parte dele. Viver o lugar como uma pessoa de lá!... com a diferença de que tem uma coisinha, da qual não me desgrudo: minha máquina fotográfica! risos ;))))
Dessa vez, nessa minha ida à terra do whisky e do haggis, consegui isso... e experimentei um monte de coisas, que espero, com calma, ir postando aqui! :) Uma delas foi o breakfast ou café da manhã!

SCOTTISH BREAKFAST

Meu café da manhã escocês eu tomei num café bem aconchegante (very very cosy!), em St Andrews. Era meu primeiro café da manhã nos moldes escoceses e estava bem curiosa! rsss...
Ao invez do tradicional chá com leite (que adoro!), preferi pedir café... pois sabia que estavam por vir bacons, linguiças... e queria evitar a mistura disso tudo com leite!... pedi black coffee (café preto, puro)... mas de nada adiantou, pois não sei por que cargas d'água sempre que pedia "black coffee"... por alguma razão que desconheço, traziam o "white coffee"... com leite!... enfim... foi leite mesmo! rss
O café da manhã é quase um almoço. O deste local é composto de uma fatia de pão, pancake, ovo frito, bacon, linguiça, tomate e cogumelos... além de manteiga! Tudo muito saboroso! Humm... o ideal é tomar lá pelas 11h da manhã, como um brunch... :) e depois, fazer como os britânicos de antigamente: café da manhã... high tea... e jantar! ;)
No mais, e mesmo porque não daria pra comer isso tudo sempre no café da manhã, no café da manhã do dia-a-dia nunca falta café (longo) e chá... acompanhados de scones... pancakes... ou crumpets (na foto abaixo) com manteiga... mel... geléias... etc etc... além de cereais variados... iogurte...

(crumpet)
Os crumpets são um tipo de pãozinho, de consistência bem elástica e porosa (lembra algo entre uma panqueca e um pão de queijo na textura!), feito de farinha e levedura, que pode ser saboreado doce ou salgado, típicos da Grã Bretanha. E na Escócia, podem ser encontrados em toda parte!

(scones)
have a good day!!!!

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Saturday, August 09, 2008

High tea in St Andrews!

Foi numa tarde meio chuvosa que decidimos enfrentar um vento frio de agosto, que teimava virar e revirar nossos guarda-chuvas, e a chuva fina, para uma xícara de chá quente acompanhada de sanduíches, scones, pancakes e bolos no "high tea" (chá da tarde) do Old Course Hotel de St Andrews, bastante frequentado por golfistas, que vêm à cidade em busca deste esporte tão famoso por aqui.

O hábito do high tea nasceu em terras britânicas e teve ínicio no século 19 com a Duquesa Anna de Bedford, que reclamava daquele "vaziozinho no estômago" ("having that sinking feeling") durante o final da tarde. Naquele período, o comum era fazer apenas duas refeicões por dia: o café-da-manhã e o jantar, servido geralmente por volta das 8h da noite.

Assim, a solucão encontrada pela Duquesa foi, pra enganar a fome, uma taca de chá e um lanchinho leve, que ela tomava em seus aposentos.

Com o passar do tempo, a Duquesa Anna comecou a convidar alguns amigos para este "chá da tarde", que se tornou cada vez mais frequentado... tanto que a duquesa, de volta de uma temporada em Londres, enviou convites aos amigos para acompanhá-la em um "chá e um passeio pelos campos"... daí, não demorou muito para que este hábito da duquesa Anna se espalhasse pela corte britânica, indo dos aposentos para as salas... dando origem a uma verdadeira tradicão! :)

Apesar da traducão mais frequente para "high tea" como sendo "chá das 5h"... este ritual geralmente pode ser apreciado das 2h às 5h da tarde. Tradicionalmente, dizem que as pessoas de classes sociais mais altas tomariam um "low or afternoon" tea lá pelas 4h da tarde, enquanto aquelas das classes média e beixa, tomariam um chá mais substancioso às 5h ou mesmo às 6h da tarde, no lugar do jantar.


TRADITIONAL HIGH TEA MENU

Além do chá, o menu tradicional do high tea é composto por sanduíches, scones tradicionais e com uvas-passas, pancakes (aompanhados de manteiga e geléia) e bolos doces.

pastries & cakes (carot cake, chocolate cake...)

finger sandwiches
(geralmente com ovos, pepino, salmão defumado e presunto)

scones e pancakes


É costume de muitos hotéis na Grã Bretanha servir o seu high tea... e "curiosando" um pouco por aqui, fomos conferir este high tea do Old Course Hotel, em St Andrews.

Na minha primeira experiência em um high tea realmente britânico (antes minha experiência era resumida em um chá da tarde em uma confeitaria de um cidade paulista, com tanto de buffet variado de bolos, tortas doces e salgadas, doces, petiscos, pães...), o chá foi servido em um ambiente elegante, mas bastante comum, sem o requinte esperado (talvez na tentativa de dar um ar mais moderno ao ritual), apesar de luminoso e cheio de vidracas (uma das quais, já quase ao final do nosso chá, foi atingida em cheio por uma bola de golf! Mas foi só um susto... e imagino que isso não seja uma coisa tão incomum, visto que as vidracas da sala de chá dã0 exatamente para um campo de golf! risos...).

No menu, uma selecão de chás pretos, como o English Breakfast, Earl Grey, Darjeeling, Blackcurrant, Orchid Vanilla, Vienna Cinnamon, Ginger e uma selecão de chás verdes e brancos, como White Silver Tip, Oolong, Jasmine Silver Tip. A escolha destes últimos adiciona a quantia (na minha opinião desnecessária) de 3 pounds ao preco do high tea.

Minha escolha foi a do Orchid Vanilla tea ;) ... fiel à minha paixão pela baunilha... risos

Enfim, valeu a pena como experiência para conhecer e tal e para saber que não é assim tão necessário pertencer à "upper class" pra fazer um high tea em casa nos mesmos moldes ;)

Para um outro ponto de vista da mesma experiência, basta clicar aqui no blog Dias a Dois ;)

Cheers!!!

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Thursday, August 07, 2008

Somewhere in Scotland

Depois do calor beirando o irrespirável de quase 40 graus, além de quente... úmido... FÉRIAS! ahhhh... merecidas e desejadas férias! :) ... e claro, em clima rigorosamente mais fresco... em algum lugar das partes não "highs" das "lands" escocesas!...

E no meio disso tudo... de repente veio a chuva... coisa, que num lugar como este, seria mesmo algo inevitável!... risos... mas chuva para mim é ótima pra duas coisas: dormir e cozinhar! :)


E
ntão... in a verrrrry drrrrrizly afternoon... risos... passei num supermercado e depois de olhar tudo... tudinho (e já falei aqui do prazer que me dá as idas ao supermercado... e se for num país diferente, mais interessante ainda!!! Gosto de ver os hábitos culinários...as diferencas... uma delícia!) ... a escolha pro jantar foi...



SALMÃO EM CROSTA DE PISTACHE E GERGELIM
COM ERVILHAS TORTAS, ACOMPANHADAS DE BATATAS E ECHALOTES AO FORNO COM ALECRIM

Ingredientes:
(pra duas pessoas)

- 2 postas de salmão fresco;
- mais ou menos 50g de pistache;
- 1/2 xícara (de café) de sementes de gergelim;
- sal e pimenta moída a gosto.

- mais ou menos 200g de ervilhas tortas;
- 1 ou 2 echalotes em roldelas finas;
- 1 colher (de chá) de manteiga;
- azeite a gosto;
- sal e pimenta moída a gosto.

- 6 batatas médias descascadas e picadas;
- 6 echalotes limpas e picadas ao meio ou em quatro (dependendo do tamanho);
- 1 raminho de alecrim fresco;
- azeite;
- sal e pimenta a gosto.

- 1 colher (de chá) de mostarda;
- 2 colheres (de chá) de mel;
- 2 colheres (de chá) de azeite;
- 6 colheres (de sobremesa) de creme de leite fresco.
- sal e pimenta a gosto.



Lave as ervilhas tortas e deixe escorrer. Descasque e pique as batatas e as echalotes. Reserve.

Descasque e quebre os pistaches grosseiramente.

Tempere as postas de salmã0 com pimenta moída e sal e, em um dos lados, passe nas sementes de gergelim com os pistaches quebrados e um pouco de pimenta moída (dispostos em um pires).

Num refratário, espalhe um pouco de azeite e, em seguida, distribua as batatas e as echalotes. Tempere com um pouco de sal e pimenta e com as folhas de alecrim fresco. Regue com um pouco mais de azeite e misture tudo, ajeitando tudo em uma das metades do refratário.

Na outra metade, coloque as postas de salmão com a crosta de pistache e gergelim virada para o alto.

Coloque pra assar em forno médio (180 graus) por mais ou menos uns 30 min... ou até que as batatas estejam macias.

Enquanto isso, refogue as rodelas de echalote na manteiga e um pouco de azeite... e depois adicione as ervilhas tortas. Tempere com sal e pimenta moída e deixe no fogo até que as ervilhas fiquem macias, mas crocantes.

Em uma panelinha, misture a mostarda com o mel e o azeite e leve ao fogo. Adicione o creme de leite fresco e regule o sal e a pimenta. Deixe ferver um pouco, depois desligue e reserve.

Quando a batata estiver macia, aumente a temperatura do forno (de 180, pra 250 graus) e deixe ainda uns 5 ou 10 minutos para dourar.

Sirva com as ervilhas tortas e com o molho de mostarda e mel e um bom vinho branco.


Enjoy!

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Sunday, August 03, 2008

Queijo & Frutinhas: quase um "cheesecake" :)

O calor continua bem intenso... e nesse clima quente e úmido, só consigo pensar em coisas frescas e muita fruta!
Como a disposição (mesmo pra quem gosta, como euzinha aqui!) de ficar na "beira do fogão" diminui bastante nesses dias... uma ótima opção (que, aliás, descobri meio por acaso!) pra quando bate aquela vontade doida de algo doce e fresquinho... ou mesmo pra fazer bonito, quando aparece uma amiga ou uma visita inesperada e não tivemos tempo pra preparar nada! ;)
Os ingredientes são simples: queijo (ricota), mel e frutas! :)



Bom, na verdade minha "descoberta" foi assim: a ricota que eu tinha na geladeira e as frutinhas, compradas pra uma receita de panquecas matinais. Na série "aproveitando tudo", peguei um pouco da ricota pra levar de lanche no trabalho e reguei com uma colher de mel. Humm...a combinação de mel com queijo é fantástica!
Num outro potinho, lavei as frutinhas... e na hora, comi tudo junto! Hummmm... parecia um cheesecake! :)
Nessa versão aqui feita em casa, pra visitinha da amiga... eu ainda coloquei, no fundo do potinho, uma base de bolacha ;) ... Claro que dessa mistura, poderiam surgir várias versões: com pêssegos... figo... de repente misturar alguma castanha... ou lâminas de amêndoas, ou pedacinhos de chocolate!... as possibilidades são infinitas... risos


FALSO CHEESECAKE

Ingredientes:
(para uma porção)

- uma bolacha tipo disgestiva;
- 3 ou 4 colheres (de sopa) bem cheias de ricota;
- mel a gosto;
- frutinhas a gosto (usei groselha e mirtilos ou "blueberry");
- uma colher (de sopa) de conhaque.
- folhas de menta fresca pra decorar.



Misture o conhaque com um pouco de mel e molhe, de um lado e de outro, a bolacha.
Coloque a bolacha molhada no conhaque e ml no fundo de um potinho de sobremesa e aperte um pouco com a ponta dos dedos, para que a bolacha fique bem certinha no fundo.
Em seguida, vá colocando, em ordem alternada, as colheradas de ricota, com mel e as frutinhas.
Por último, decore com mais frutinhas e folhas de menta! Pronto!!!

Enjoy it!!!! :)

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Saturday, August 02, 2008

Couscous com Férias!...

Pois é... férias!!! :) ... e pra dizer a verdade, estava mesmo precisando!...
Mas é engraçado viver num país onde todas (ou pelo menos a grande maioria das) pessoas tiram férias ao mesmo tempo! As cidades esvaziam-se e literalmente tudo (ou quase) fecha!...
É comum em agosto andar pelas calçadas quase desertas e ver nas lojas, bares, quitandas... fechadas o cartaz "fechado pra férias do dia tal ao dia tal"... risos!... surreal pra mim!...
Mas mesmo que, para mim, não importe estar de férias exatamente neste mês do ano... férias são sempre férias! :) ... então melhor aproveitar, não?
E minhas férias começaram com visitinha de amiga e couscous ;)


Costumo dizer que este é um prato completo... fácil de agradar a todos os gostos! Quente ou frio. Salgado ou doce.... com um toque picante ou de especiarias!... Nas mais diferentes combinações é ideal tanto para um almoço ou jantar, quanto para ser saboreado ao ar-livre em um pic-nic!...

Aqui em casa tenho um livro só de couscous. De origem norte africana, este é o nome francês pra esses grãozinhos de semola, que são "hidratados" em água quente.
COUSCOUS COM FRUTAS SECAS


Ingredientes:
(para umas 4 porções)

- 250ml de água;
- 200g (mais ou menos) de couscous;
- 1 colher (de sopa) de azeite extravirgem;
- caldo de legumes (equivalente a um dadinho);
- uma pitada de sal;
- canela em pó a gosto.

- 4 ou 5 echalotes* (depende do tamanho de cada uma);
- um punhado de uvas-passas;
- um punhado de pistaches;
- 1 colher (de sopa) de manteiga;
- 1 pitada de sal;
- um fio de azeite extravirgem;
- lâminas de amêndoas;
- cebolinha e menta a gosto.


Ferva a água e misture o azeite, o caldo de legumes e uma pitada de sal. Retire do fogo e acrescente o couscous e a canela em pó. Misture rapidamente com um garfo e tampe, deixando o couscous hidratar.
Enquanto isso, lave e pique a cebolinha e a menta... as echalotes... e coloque para tostar as lâminas de amêndoas e o pistache no forno alto por alguns minutos, até que estejam dourados.
Corte as echalotes em rodelas finas e refogue na manteiga, com um fio de azeite. Depois acrescente as uvas-passas e uma pitada de sal. Refogue mais um pouco.
Depois acrescente os pistaches tostados.
Apague o fogo e acrescente couscous hidratado, as lâminas de amêndoas e cebolinha e menta picadinhas e misture tudo.
Salpique um pouco de canela em pó e sirva!
Voilá!!!
*Na definição da Wikipédia: Echalotes... A chalota ou echalotas é uma planta bulbosa do género Allium, originária da Ásia central. Seu nome vem de Ascalão, cidade da Palestina de onde foi trazida para França durante a Primeira Cruzada . Como a maioria das plantas deste gênero, é utilizada com fins culinários. A parte comestível está na raiz, que forma bulbos ovais e seu sabor pode ser definido entre o do alho e o da cebola.
Existem dois tipos de echalota: a cinza da espécie Allium oschaninii e a rosa (também chamada echalota de Jersey) da espécie Allium ascalonicum.
As chalotas plantam-se como os alhos (dispondo "dentes" no chão, que se multiplicam em novos "dentes", formando "cabeça"). São oblongas, avermelhadas ou castanha-avermelhada, com 1,5cm de diâmetro. Parecem miniaturas de cebolas. Possuem um sabor semelhante à cebola mas mais delicado e é por isso usada em vez da cebola em pratos e molhos mais refinados. É muito comum o seu uso na cozinha
francesa, persa e na de todo o sudeste asiático (Tailândia, Indonésia, Malásia, Brunei, Singapura e no sul da Índia).